Localizado no piso inferior do Bloco M, o LABMU Sebisa tem o objetivo de alocar os equipamentos de grande porte afetos aos programas de pós-graduação das áreas das Ciências Biológicas e da Saúde, visando à utilização multiusuária, com ampliação e apoio às atividades de pesquisas setoriais e institucionais. O novo laboratório passa a integrar o Complexo de Laboratórios Multiusuários – C-LABMU, vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp). O complexo multiusuário tem o objetivo de apoiar as atividades de pesquisa, principalmente as vinculadas à pós-graduação, por meio do compartilhamento de equipamentos de grande porte.
Conforme a diretora do setor, Fabiana Mansani, o LABMU Sebisa conta com cerca de R$ 2,5 milhões em equipamentos instalados ou em fase final de instalação, além de espaço suficiente para alocar novas aquisições. “As negociações para a adequação do espaço iniciaram em 2016, junto à Unidade Gestora do Fundo Paraná”, lembra. O projeto 65/2016 foi aprovado e aplicado, prevendo a melhoria da estrutura física, rede elétrica e climatização, para a instalação de equipamentos adquiridos com recursos obtidos pelos sete programas de pós-graduação vinculados ao setor.
Para a diretora do Sebisa, a inauguração do Laboratório Multiusuário é um marco histórico no desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do setor. “O LABMU oportuniza que os nossos 589 projetos de pesquisa, nossos 200 alunos de pós-graduação de mestrado e de doutorado, nossos 120 bolsistas de iniciação científica e, principalmente nossos professores, tenham um local adequado para a utilização de equipamentos de grande porte, de tecnologia de ponta, com apoio de bolsistas técnicos, aptos operar os equipamentos com toda a segurança e manutenção preventiva, que o C-LABMU oferece”.
O diretor do C-LABMU, Francisco Serbena, lembrou que a implantação da filosofia multiusuária na UEPG se iniciou na gestão do reitor Paulo Godoy (2002/2006), evoluindo até chegar ao ponto de hoje contar com cinco centrais multiusuárias setoriais. “Isto proporcionou um avanço inimaginável. Nos ajudou a melhorar a qualidade da pesquisa científica, com reflexos diretos na pós-graduação, projetando a instituição internacionalmente”, disse. lembrando que neste ano a UEPG apareceu entre as mil melhores instituições do mundo, no ranking da Times Higher Education (THE). Destacou que o compartilhamento de equipamentos representa o bom uso do dinheiro público. “Os equipamentos não pertencem a um pesquisador, mas à coletividade acadêmica”, reforça. Observa que significa também a otimização de recursos humanos, com técnicos bolsistas graduados atuando na operacionalização e manutenção preventiva dos equipamentos.
Para o professor Serbena, dois pontos são fundamentais para o sucesso dessa filosofia implantada pela UEPG. Primeiro o apoio da comunidade acadêmica que comprou essa ideia e, hoje, exige a estruturação de projetos de acordo com essa metodologia. “Outro aspecto é o apoio da administração, passando pelos diversos gestores, desde o reitor Paulo Godoy, passando pelas duas gestões do reitor João Carlos Gomes e, agora, na administração do professor Luciano Vargas e da vice-reitora Gisele Quimelli”. Para a manutenção do complexo, prossegue, a instituição conta com uma linha de recursos, os PROAP-UEPG-CLABMU. Ressalta ainda o apoio da SETI, com a contratação de bolsistas-técnicos.
O secretário João Carlos Gomes comentou sobre o avanço da pós-graduação na UEPG, proporcionado em grande parte pela adoção da política de laboratórios multiusuários. “Houve um tempo em que conseguíamos aprovar, quando muito, R$ 400 mil, R$ 500 mil, junto à FINEP, enquanto outras instituições obtinham valores maiores, acima de R$ 1 milhão”, disse, explicando que isso ocorria porque a UEPG apresentava projetos individuais. No momento em que passou a submeter projetos institucionais, avançou no incentivo à pesquisa e à pós-graduação. ‘De sete cursos de mestrado, em 2006, chegamos a 35 cursos, sendo 25 de mestrado e 10 de doutorado. Nesse período, ainda, nossos pesquisadores trouxeram para a instituição quase R$ 20 milhões em equipamentos e obras de infraestrutura para a pesquisa científica”.
Para a vice-reitora Gisele Alves de Sá Quimelli, a metodologia multiusuária vai além do compartilhamento de equipamentos por muitas pessoas. Ela se refere à oportunidade de convivência entre pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. “Isso lança novos olhares sobre o objeto em estudo e amplifica os resultados”, disse. Ela ressalta ainda que hoje a UEPG se constitui em modelo para outras instituições que têm adotado essa filosofia de uso compartilhado de laboratórios e equipamentos. Por fim destacou o cumprimento de uma meta da atual gestão, de chegar à oferta de 30 cursos de pós-graduação. “Ultrapassamos essa marca”, disse, ao destacar que a implantação do complexo multiusuário foi uma decisão institucional acertada”.
Fonte: portal UEPG